E agora que o EPI está sujo e desgastado? O que fazer?

Que o fornecimento dos equipamentos de proteção é obrigatório você já sabe, mas e depois que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) está nas suas mãos, você sabe o que fazer?

Trabalhar com segurança é mais do que exigir os equipamentos, é visualizar os riscos e buscar alternativas de prevenção. Mas como um bom prevencionista, você está treinado para isso, e hoje quer descobrir como higienizar e descartar seu EPI corretamente. Certo? Aliás, será que isso é responsabilidade sua?

Vamos te ajudar a entender. Mas antes, saiba que você não é o único com essas dúvidas. Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades até mesmo sobre o uso adequado do equipamento de segurança, quanto mais quando se trata de higienizar ou identificar o momento de se desfazer do material. Sem os devidos cuidados, o EPI pode perder sua função, mantendo o trabalhador exposto ao mesmo nível de risco que teria sem usar nenhum equipamento, e além disso, também pode ter sua durabilidade drasticamente diminuída, então sanar essas dúvidas é fundamental.

A Norma Regulamentadora 6 (NR-6), que regulamenta a execução do trabalho com uso de equipamentos de proteção individual, teve alterações importantes que entrarão em vigor em 2023, e entre elas, a responsabilidade pela gestão e cuidado do EPI, que antes era do empregador, e agora passa a ser do colaborador. Isso mesmo! Agora é seu dever estar atento e prezar pelo bom estado do seu EPI. E uma das formas de colocar isso em prática é fazendo a higienização adequada desses materiais.

Existem muitos erros por aí quando falamos sobre higienização de equipamentos de proteção, erros que acabam acometendo a integridade do produto, fazendo com que tenha sua durabilidade reduzida ou até mesmo com que perca sua função. E é por motivos como este que existe um procedimento padrão para cada material, que deve ser descrito no manual de uso do EPI, fornecido pelo empregador, assim como prevê a atualização da NR-6.

A Manutenção do EPI deve ser diária, após a atividade, e geralmente é realizada no Depósito de Materiais de Limpeza (DML) ou no local destinado pela empresa para este fim. Além disso, a limpeza deve seguir uma ordem, a começar pelos equipamentos de proteção para a cabeça até o calçado de segurança. E apesar das especificidades para cada EPI, existem indicações gerais como: usar luvas de PVC durante a limpeza, utilizar detergente neutro e deixar o equipamento secar adequadamente para evitar a proliferação de germes.

Mesmo com a higienização correta, é necessária a verificação contínua do EPI, avaliando os níveis de desgaste e considerando a troca regular. Para isso, é importante sempre manter atenção ao prazo de validade estipulado pelo fabricante, assim como à validade do Certificado de Aprovação do equipamento. Se houver necessidade, o descarte deve ser feito seguindo as recomendações da empresa e com base no ambiente, conforme a periculosidade que oferece, em que o material está exposto, como cita a NBR 10004, que também classifica os resíduos de acordo com seu grau de toxicidade.

Por fim, o uso dos equipamentos de proteção é indispensável, mas não menos importante, é fazer a manutenção adequada destes materiais, garantindo seu bom estado, afinal, cuidar do seu EPI é cuidar da sua saúde e segurança.

E aí, gostou de entender mais sobre higienização e conservação dos equipamentos de proteção? Continue aprendendo e saiba mais sobre calçados de segurança!